Início: 01/01/1997
Término:

Equipe: Antonio Carlos Bento, Antonio Medina Neto, Jose Roberto Dias Pereira, Jurandir Hillmann Rohling, Mauro Luciano Baesso (coordenador) e Paulo Toshio Udo

Processo nº 62.0012/97-8. Valor concedido: U$ 99.000,00. O maior desafio tecnológico atual envolvendo aplicações de lasers na medicina é a obtenção de materiais transparentes na região do infravermelho médio no intervalo de 1.8 a 3.0 mm. No entanto, o desenvolvimento destes lasers é difícil, uma vez que nesta região espectral a maioria dos materiais apresenta absorção óptica provocada pela presença da água (hidroxila) em suas estruturas. Isto faz com que a fluorescência dos elementos dopantes seja em sua grande parte convertida em energia térmica, não fornecendo assim um meio ativo eficiente. Diante dos sistemas existentes e da necessidade de se obter lasers de vidro para esta região espectral para serem utilizados na área biomédica, é imperativo o desenvolvimento de novos vidros com alta transmissão no IR-médio e melhor resistência contra choques térmico e mecânico, condições ideais para a operação do laser. Neste projeto foi proposto o desenvolvimento, por meio de fusão a vácuo, do vidro de aluminosilicato de cálcio. O método proposto diminui a influência da água estrutural, o que aumenta a transmitância no infravermelho médio deste material para até 6 mm, ficando esta equivalente à da safira. Com tal propriedade óptica este vidro torna-se um forte candidato para aplicações tais como janela óptica, filtro de absorção óptica, ou meio ativo para lasers de estado sólido, quando dopado com íons de terras raras. Com este intuito pretende-se desenvolver um meio ativo para lasers que operam entre 1.8 a 3.0 mm.

Financiamento: Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq